Os extremos da informação ou falta dela.

Tenho visto e ouvido todas essas manifestação sendo divulgadas na internet, rádio, Tv... sobre o atentado que aconteceu na França, e o que me deixa mais intrigada (depois de triste, porque foi uma coisa realmente horrível) é o fato de sempre a mídia colocar um vilão e uma vítima

Não aguento tanta hipocrisia, e acho sim, que todo mundo tem direito de se expressar, mas pra tudo nessa vida tem limite, e o Charlie pegava bem pesado! Por favor não me entenda mal, não estou aqui defendendo o atentado nem dizendo que qualquer coisa nesse mundo justifica tamanha crueldade, ou que "eles estavam procurando por isso"como li algumas pessoas falarem por aí na internet, mas daí a colocar as vítimas em um pedestal já é demais, na minha singela opinião. 

Toda moeda tem dois lados e toda história tem duas ou mais versões... a mídia das massas vende o que lhes convém e quase sempre a maioria compra. Quantas pessoas estão tuitando com hashtags indignadas no twitter ou até mesmo compartilhando posts no Facebook apenas porque comprou a ideia que lhe foi vendida em meia dúzia de reportagens na TV? 

Sim, estamos falando da morte de profissionais talentosos, admirados e dignos de respeito, respeito esse que muitas vezes eles não se indignaram a ter pelas pessoas que se sentiam ofendidas com seus desenhos, apenas por acharem que aquilo era sagrado para elas e estava sendo banalizado de forma até cruel, ouso dizer. Se você dedicou um pouco do seu tempo a procurar algumas das publicações do Charlie, vai saber bem do que estou falando. 

Faço uso aqui das palavras do cartunista brasileiro Carlos Latuff:
"Não acho que essas charges deveriam ser proibidas. Mas o artista deve usar o bom senso. Não trabalharia no Charlie. Não tenho por que fazer desenhos de Maomé sem roupa." 
fonte:  Amanda Campos - iG São Paulo 
 


Nem todos os que seguem o Islamismo são extremistas, a grande maioria apenas segue a religião  e não saem por ai ensinando seus filhos que devem cometer atentados. Fiz um amigo muçulmano na Alemanha que era um amor de pessoa, nunca conversamos sobre religião e me lembro que as crenças dele não o impediam de respeitar aqueles que não compartilhavam da sua fé. 

Exemplo de uma das publicações da revista: 

Exemplo de charge da Charlie Hebdo sobre o profeta Maomé criticada por Latuff
"Muhammad: nasce uma estrela" 

É como já dizia uma professora que tive na 7ª série, e eu nunca esqueci, "a linha entre o direito a liberdade de expressão e o respeito ao outro é muito ténue" e ela estava absolutamente certa...

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