E se?


Quem procura acha, já diz a minha avó. E é verdade... O problema é quando não se sabe ao certo o que se está procurando, e pior ainda, quando encontramos algo de que nos arrependemos ou temos medo de encarar. 

As pessoas podem ser tão frágeis, os sentimentos tão confusos...

O ser humano é confuso. 

Não existe nada mais amedrontador do que não saber o que se está sentindo. Porque mesmo que se esteja com raiva, muita raiva, e que haja o medo de perder o controle não há o medo do desconhecido, pois nesse caso sabe-se o que se sente e como proceder. Da mesma maneira acontece com o ciúmes, com o amor, com a tristeza e todos os outros tantos sentimentos e emoções. 

Mas, e quando você sente que algo está faltando, mas não sabe exatamente o quê? 
E quando você começa a se perguntar, será que eu sou realmente feliz?
E quando existe a dúvida se você está sendo justo consigo mesmo ao fazer essa pergunta, ou se está apenas "reclamando de barriga cheia"? 

Aí, nesse caso, amigos, a coisa é bem mais complicada. 

Nesse caso,você precisa se lembrar que há mais pessoas envolvidas. 
Nesse caso, ninguém vai te entender porque nem você se entende. 
Nesse caso, você se sente de mãos atadas, sem saber o que fazer. 
Nesse caso, você começa a se torturar com perguntas inúteis do tipo:

E se eu tivesse feito isso ao invés daquilo?
Como seria minha vida se eu não tivesse agido assim? 
Será que minha vida é um conjunto de enganos? 

Não há como saber. 



E se você tentar descobrir, saiba que você vai recuar por diversas vezes, vai ponderar o que está em jogo e vai recuar, vai entender que é muito egoísmo da sua parte, que não há do que reclamar e tem pessoas que desejariam estar no seu lugar, e que você está sendo muito egoísta ao duvidar de que está tudo muito bem. 
Mesmo no fundo, bem no fundo, você tendo a certeza de QUE NÃO ESTÁ. 

Aí, você recua. Pensa bem, e entrega ao destino. 
Afinal, nem tudo está sob o seu controle. Talvez, menos do que você imagina esteja. E só o tempo, esse velho e bom amigo pode responder a essas perguntas...

Ps. Estou de TPM e com crise existencial, então esse post foi mais um desabafo... Provavelmente nem esteja coerente... mas foi muito, muito bom escrever. 

Comentários

  1. pensar é uma merda. se a gente fosse esse povo da roça que capina e cultiva e só era tudo feliz, da forma mais simples que há.

    ResponderExcluir
  2. Você falando sobre fragilidade humana, mágoas e medo me lembrou de um conceito que acho bem pnc mas que se aplica bem ao tema: resiliência. Pessoas são surpreendentes, e geralmente isso é algo bom. Se adaptam a imprevistos, suportam bem mais do que esperamos, resistem, mudam. Não sem sofrimento e dor, é claro. Mas elas modificam posturas, atitudes e até mesmo sentimentos quando compelidas a fazê-lo. Veja como lidam, por exemplo, com perdas. A maioria, pelo que você conhece, deveria desabar e entrar em choque, mas, de fato, raramente isso acontece. São mais fortes que o previsto. Se reinventam, encontram novos caminhos. Resolvem, sobrevivem. Nós mesmos. Quantas mágoas tivemos, quantas vezes somos feridos, quanta coisa passamos e continuamos seguindo em frente. Eventualmente, nos recuperamos - geralmente, com algo aprendido.
    E encerro com votos de que tudo se ajeite e com a canção da Alicia Keys: I was burned but I call it a lesson learned/ Mistake overturned but i call it lesson learned/ My soul has returned so I call it a lesson learned/ Another lesson learned/ Life perfect, aint perfect if you don't know what the struggles for/ Falling down aint falling down if you don't cry when you hit the floor/ It's called the past 'cause im getting past/ and i'm nothing like I was before/ You ought to see me now
    http://www.youtube.com/watch?v=24gjW4Oqj2k

    ResponderExcluir

Postar um comentário

E você achou que...

Postagens mais visitadas deste blog

Cabelo cresce, right?

Feia que só.

Ansiedade.